"Não se anda por onde gosta
Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta".
(Rodo Cotidiano, Marcos Lobato/O Rappa)
Lá estavam: uma senhora com um envelope de exame na mão, um casal de namorados esperando o ônibus, uma criança de colo chorando nos braços da mãe... Todos eles com sua própria história, suas alegrias e seus sofrimentos. Alguns com a face graciosa. Outros não escondiam a sua insatisfação com a vida. Por um momento fiquei atentamente observando e tentando entender os movimentos de cada pessoa que estavam ali naquele local. Comecei a me questionar por que somos assim tão diferentes; por que sempre somos exigentes com tudo e por que complicamos a vida de uma forma que nos tornamos egoístas com o Criador.
A fuga pela felicidade, involutariamente, é constante. A aceitação da rotina é exercitar a normalidade que para alguns pode ser surreal. Às vezes, somos colocados em contradição o tempo todo, na vida ou em nossas relações afetivas.
Mas enfim, depois de tanto questionamento, acabei concluindo que somos todos iguais! É óbvio que temos pensamentos e crenças diferentes! No entanto, sempre queremos a mesma coisa: alcançar objetivos, fugir do desconhecido, vivenciar nossos desejos e acalentar nossas necessidades.
Nos “esbarramos” a todo instante em diversas situações. São os encontros que a vida nos proporciona! E isso a cada dia fica mais claro para mim quando ouço um trecho da letra de Marcos Lobato: "Mas por aqui não tem jeito, todo mundo se encosta".
sexta-feira, 6 de março de 2009
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