segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sociedade X Segurança: conta difícil!


Já há algum tempo a violência tem tomado grandes proporções em Salvador. Assaltos, sequestros, assassinatos, estupros, policia matando policia, tráfico comandando comunidades, bandidos dominando policiais e por aí vai uma série de absurdos que nos coloca reféns de uma sociedade coagida pela falta de segurança.

A quem devemos culpar? O governo? A própria sociedade? A falta de oportunidades para pessoas que convivem em localidades controladas pelo tráfico? Existem vários questionamentos a respeito, mas todos se limitam a teorias.

Infelizmente existem até opiniões que citam os "Direitos Humanos" como culpados dessa violência desenfreada. Ou seja, estamos até desacreditados de algo que nos pertence. Abdicando-se deles! Tudo isso porque estamos sendo contaminados por ações de bandidos. Bandidos que nos fazem pensar que os Direitos Humanos os defendem ou que servem de “patrocínio” da violência. Inacreditável ainda é ouvir comentário do tipo "Bandido tem que apanhar até morrer!" ou algo como "No Brasil deveria ter pena de morte!". Será mesmo que esta seria a solução? Combater a violência com a própria violência? Não sei!

Uma coisa é certa: o sistema penitenciário precisa ser revisto. Acredito que os presos, mesmo em sistema fechado, deveriam cumprir pena trabalhando para a própria sociedade que ele ajudou a lesar. Por que não criar um programa de educação e profissionalização fazendo com que os detentos construam casas para abrigar grande parte da sociedade que está excluída dela mesma? Ou quem sabe a criação de fábricas de tecidos ou alimentos através de uma política de Governo, nas quais a mão-de-obra seria fornecida pelas penitenciárias para trabalhar em pró da classe mais baixa?

Infelizmente não tenho poder suficiente para mudar o regime de uma sociedade que sofre com a falta de segurança. Mas acredito que podemos questionar e/ou sugerir às autoridades projetos como esses a fim de melhorar a vida de todos nós.

Imagem (crédito): Mariana P. G.